terça-feira, 2 de setembro de 2014

Academia Americana de Pediatria recomenda a leitura para bebês desde o nascimento (revista crescer)


O objetivo é estimular os pais a incluírem esse hábito na rotina. Especialistas apontam que ler para a criança fortalece o vínculo e estimula a aquisição da linguagem no futuro. Saiba mais

Por Bruna Menegueço - atualizada em 02/07/2014 11h27
Mãe lendo livro para bebê (Foto: Shutterstock)
Folhear as páginas, admirar as ilustrações, sentir o cheiro do papel e descobrir uma nova história. Ler um livro é quase uma poesia. Agora imagine fazer isso para o seu bebê, desde os seus primeiros dias, com a certeza de ter uma série de benefícios em um futuro breve.
Essa é a nova recomendação da Academia Americana de Pediatria (AAP), baseada em muitos estudos que comprovam que ler para o seu filho - desde o nascimento - estimula o cérebro e reforça o vínculo entre filhos e pais. “As crianças desenvolvem a linguagem, o aprendizado da leitura e adquirem capacidades emocionais importantes para o resto de suas vidas”, explicou em nota a AAP. Para a pediatra Pamela C. High, autora da nova conduta, fortes evidências científicas mostram que o fato de o pediatra, durante a consulta, recomendar a leitura em casa pode fazer a diferença na vida das crianças e de suas famílias.

O escritor Ilan Brenman, doutor em educação e colunista da CRESCER, comemora a recomendação. Como autor de livros (Até as Princesas Soltam PumClaraTelefone sem Fio)  e pai de duas meninas, a Lis, de 10 anos, e a Íris, 7, ele sabe como a literatura é capaz de criar vínculos fortes na família. “O bebê entende que aquele é um momento em que a atenção do pai ou da mãe é só dele e, com o tempo, pede pelas histórias. Foi assim com as minhas filhas que, com poucos meses, já engatinhavam pela casa em busca de livros e entregavam para mim ou para a mãe. Elas queriam ouvir histórias e nós éramos os portadores das palavras. Não existe relação mais bonita”, conta.

Para a psicóloga Melina Blanco Amarins, do Hospital Israelita Albert Einstein (SP), a leitura deve ser um momento de prazer. “Para que isso aconteça, pai e mãe devem estar despreocupados, com a mente livre, para também curtir a história com a criança. E, por isso, não existe uma regra de horário ou do melhor jeito. Cada família vai descobrir o seu ao ver a expressão do bebê diante de uma voz diferente, de uma música, de uma gargalhada”, explica a especialista.

Quando se fala em desenvolvimento da linguagem que a contação de histórias proporciona às crianças, Ilan ressalta que, ao ouvir o pai ou mãe lendo um livro, a criança escuta um tipo de narração diferente da nossa fala coloquial, aquela que usamos no dia a dia. “Ela vai aprender palavras e expressões novas e vai guardar na sua memória para usar em um futuro breve.”

O melhor jeito de começar essa relação com seu filho é fazer uma visita a livrarias ou bibliotecas ainda na gravidez. Aqui no site CRESCER, você encontra a Lista dos 30 melhores livros infantis do ano, que pode ajudá-lo. Você vai descobrir que existem verdadeiras obras de arte na literatura infantil. Compre alguns, separe as suas histórias e personagens preferidos. Quando a criança nascer, apresente a ela e deixe que tenha contato com os livros. “Elas colocam na boca, fazem de cabaninha, exploram as obras de forma diferente. É assim que criam proximidade com o objeto e com as histórias”, completa Ilan.

E quando você tiver vontade de ler um livro para o seu filho, não se preocupe com a hora ou o lugar, apenas faça. Esse, certamente, vai se tornar mais um dos momentos inesquecíveis entre vocês!
4 dicas para contar histórias para bebês

- Na hora de apresentar um livro, escolha histórias curtas, mas que tenham um enredo que você também goste;
- Prepare o ambiente, coloque o bebê no colo e conte a história sem pressa;
- Bebês adoram histórias com repetição, grandes ilustrações, poemas e brincadeiras com palavras;
- Embora conheçam tudo com as mãos e a boca, não quer dizer que só precise ser de plástico para não estragar. Vá, aos poucos, ensinando que livro não se põe na boca, não se rabisca, nem rasga...
http://revistacrescer.globo.com

10 passos para escolher um bom livro para as crianças

Ao entrar numa livraria, você se depara com centenas de livros infantis extremamente atraentes que se distribuem nas prateleiras. E então? Como escolher um bom livro para seu filho? Como saber se ele vai se identificar com aquele que você comprar? Vai ser realmente bom para ele? Acompanhe estas dicas, arregace as mangas e boa leitura!

Por Cristiane Rogerio e Marina Vidigal - atualizada em 05/03/2013 15h21
Mãe e filha lendo livro embaixo de árvore (Foto: Shutterstock)
1. Desbrave pela literatura infantil
Sempre que tiver oportunidade, explore livros infantis – seja em bibliotecas, livrarias, salas de espera, na escola de seu filho ou na casa de amigos, não importa. Folheie, leia as histórias, observe as ilustrações e o estilo do autor. Quanto maior for seu repertório, mais elementos você terá para, nos momentos oportunos, escolher bons livros para seu filho.
2. Vá além da indicação de idade
Aqui em CRESCER você sabe que indicamos a faixa etária que pode se interessar pelo livro com o termo “a partir de”. Por isso, encare as indicações – tanto nossas como das editoras, por exemplo – com uma direção apenas. Nunca, nunca é cedo demais. Para bebês, livros de plástico e pano são a resposta certa. Até 1 ano a 2, eles vão adorar, por exemplo, os que têm alguma textura. Conforme crescem, as crianças se interessam pelos tipos cartonados, além dos que utilizam pop-ups e dobraduras. Para crianças um pouco maiores, em geral, as ilustrações também são sempre muito relevantes. Em relação às histórias, é bom prestar atenção na complexidade, tamanho do texto e vocabulário, e leve em consideração se é você ou ele quem está lendo. Para os em fase de alfabetização, os livros em letra bastão (ou letra de forma) são um estímulo e tanto à leitura. Uma criança pode gostar de um livro dirigido a crianças mais novas, ou já se interessar por algo para as mais velhas.
3. Conheça seu leitor
Seu filho já se encantou com os livros de um determinado autor, personagem, estilo ou coleção? Ele gosta de poesia ou o que mais chama a atenção são as imagens? Prefere personagens aventureiros ou mais introspectivos? Está atualmente fascinado por bruxas ou gosta de animais? Use sua sensibilidade para ler as dicas que seu próprio filho dá sobre as preferências literárias.
4. Resgate suas preferências de infância
Você se encantou com FlictsRobinson CrusoéMarcelo, Marmelo, Martelo? Busque na memória suas preferências literárias de infância, conte para seus filhos suas experiências com esses livros e ofereça a eles a oportunidade de experimentar essas obras (e trocar experiências com você).
5. Faça da literatura infantil um assunto
Com parentes, outros pais, com a professora da escola, com uma bibliotecária ou com o vendedor de sua livraria infantil preferida, converse sobre os livros infantis, os títulos atraentes aos olhos das crianças, os mais bem aceitos, lançamentos, etc. No boca a boca, você consegue preciosas dicas.
6. Ofereça diversidade
Contos clássicos e modernos, poesias, livros de imagens e quadrinhos: é importante a criança ter acesso à diversidade, poder explorar diferentes gêneros, estilos e linguagens. Se forem os clássicos, prefira as versões que não ocultem passagens importantes e personagens “sombrios”.
7. Test-drive literário
Uma grande vantagem dos livros infantis é a possibilidade de examiná-los na íntegra antes de comprá-los. Ao escolher um livro para seu filho, opte por obras que o encante não apenas como mãe ou pai, mas como leitor (mesmo porque, se a criança gostar muito do livro, pedirá para você ler para ela várias vezes).
8. Leia sobre a literatura infantil
Em revistas, jornais, blogs e sites que tratem de literatura infantil, procure se informar sobre sugestões de especialistas, bons lançamentos e livros premiados. Podem ser boas referências para futuras investigações em livrarias...
9. Use e abuse das bibliotecas
Não apenas as livrarias, mas também as bibliotecas são ótimos mediadores entre a criança e os livros. Elas possibilitam uma experimentação bastante ampla e diversificada, sem custos. São ótimas oportunidades para se conhecer novos autores e gêneros literários.
10. Permita que a criança faça suas escolhas
Por mais que a criança queira um livro que você não julgue excepcional, permita que, na biblioteca ou na livraria, ela também tenha a oportunidade de decidir qual levar. Em crianças mais velhas, especialmente, pode acontecer de elas só quererem ler o que escolhem (além dos indicados pela escola, claro). Indique alguns títulos, mas não faça imposição em relação às leituras.
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