terça-feira, 7 de novembro de 2017

Projeto meu primeiro autógrafo



Meu Primeiro Autógrafo é um projeto multidisciplinar que conecta a literatura às atividades de música, artes, cultura brasileira, relações familiares, cidadania e sustentabilidade. O projeto é baseado nos livros infantis da escritora Verônica Vincenza.


            O objetivo fundamental é proporcionar aos alunos que estes tenham contato com diferentes obras literárias, explorando cada uma delas em seus diversos aspectos e formas de abordagem.




               “Acredito que somente uma mudança no modo de vivenciar a leitura e a escrita aproximará os jovens do ensino e fará com que a vontade de descobrir o mundo e novos conhecimentos seja despertada através de uma abordagem interdisciplinar e dinâmica.”
                                                                                                                                                  Verônica Vincenza  

Livros utilizados no projeto:

                           ARTHUR QUER TOCAR BERIMBAU
Resumo: Arthur foi á Bahia e aprendeu muitas coisas da cultura local, mas apaixonado mesmo ele ficou pelo berimbau. Queria muito levar um para casa, mas não conseguiu. Um dia o pai de Arthur faz um berimbau adaptado chamado berimbalina em homenagem à tia de Arthur que se chamava Lina e era professora de capoeira. Carlinhos então fez uma apresentação musical para sua tia que gostou tanto que o convidou para tocar berimbau em uma de suas aulas.
 BEATRIZ E A FESTA DA CHUVA
Resumo: Beatriz foi para a casa de seus avós em um dia chuvoso. Vovô preparou um instrumento que imitava o som da chuva: era o pau de chuva. Vovó fez uma festa e chamou os primos de Maria que brincaram de imitar a chuva a tarde inteira, foi uma verdadeira festa da chuva!

A BATERIA DE MARIA
Resumo: Maria ficou com sua tia, pois sua mãe tinha que trabalhar, mas ela queria chamar-lhe a atenção e fez o maior barulho, batucando pela casa. Sua tia, de sucata, fez uma bateria. As duas tocaram e cantaram até a mãe de Maria chegar, pois é só na bateria que se pode batucar.

O CHOCALHO DE CARLINHOS

Resumo: Carlinhos é um menino pequeno e gosta de brincar com seus pais. Sua mãe inventou uma brincadeira musical com um chocalho feito com material reciclável para que ele, sua mãe e seu pai pudessem se divertir.
O tamborim de Joaquim

Resumo: Essa é a história de Joaquim, que se passa no Rio de Janeiro. Um dia, ele conheceu Yasmim em uma roda de samba. Este livro ensina a fazer um tamborim com materiais recicláveis que poderá ser tocado junto com a música da história.












Mais informações:
veronicavincenza@gmail.com

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Contar histórias para crianças?

Um dia uma amiga perguntou: se você é uma escritora, por que você conta histórias para as crianças? Não é melhor deixá-las lerem sozinhas? A resposta é um pouco complexa. Quando você conta uma história para uma criança você se conecta com ela, a criança vive em um mundo onde a fantasia e o real estão muito próximos, e assim há uma conexão imediata. O afeto que se passa no ato da leitura não se compara com a leitura para si mesmo, são atos distintos e igualmente importantes. Com a urgência do mundo atual, a leitura tem se perdido e com ela muitos conhecimentos e laços afetivos também. Quando se lê para alguém há troca entre três meios: o leitor, o livro e o ouvinte. Há troca de olhares, há troca de assuntos que extrapolam a leitura, há um feedback de quem está ouvindo e as perguntas que a leitura traz são respondidas, são discutidas; e a cada leitura do mesmo livro há mais assuntos novos para debater, para conectar pessoas para resgatar nossa humanidade. A leitura para si mesmo é importante, pois proporciona uma reflexão, algo que podemos compreender internamente, algo íntimo e, com isso, os diálogos intrapessoais são estabelecidos: fonte primordial para o processo de amadurecimento do indivíduo, pois desenvolve a empatia, senso crítico e quebra da inocência. A ilusão provocada na trama de um bom romance e a quebra desta ilusão propiciada em seu término;  suas facetas de realidade e representações da vida humana... os gregos chamavam de “mimesis”, mas não vou entrar nesta longa teoria... O fato é que ler demora e na urgência deste mundo vamos perdendo este hábito e nos perdendo como indivíduos também, ficamos soltos sem compreender o que nos cerca e a nós mesmos. Não paramos para pensar sobre os fatos ao redor e tudo que lemos torna-se uma verdade inquestionável. Penso que valorização da  leitura individual começa na infância, ouvindo histórias e é o que eu faço: um incentivo ao hábito de ler, um resgate de laços humanos, de afeto, uma troca de experiências... isso é apenas uma gotinha no oceano: mas é a minha gotinha. E a cada contação de histórias, uma história nova é criada, pois a história é feita de pessoas e as pessoas são feitas de histórias.     
















terça-feira, 5 de setembro de 2017

Moral da história

         Hoje eu estava na Universidade e em um dos questionamentos e incertezas que propositalmente "tiram o chão" dos alunos de pós-graduação, para deixá-los mais questionadores e malucos sobre literatura, e sobre o curso foi: os livros devem ou não ter a moral da história explícita? Depois de um consenso em sala de que uma obra literária de “calibre” deve deixar o leitor entender a moral por si, procurei nos livros que eu escrevi e, para a minha surpresa, uma das obras que eu mais gosto de trabalhar tinha sim a moral da história explícita. Seu enredo era sobre amizade e no seu final estava escrito: “Cada um é único e especial a sua maneira e quando temos amigos podemos aprender muito com eles”. Dois minutos de silêncio para a morte acadêmica de minha obra recém-lançada. Mas aí, quando estava retornando á casa já achando que tudo que eu havia escrito talvez nem fosse literatura e meu esforço para apresentar textos que acrescentassem algo na vida das pessoas fosse mera soberba, lembrei-me de uma contação de histórias que fiz deste mesmo livro. Era para crianças que estavam acostumadas a ouvir: “por quê você não é igual a fulano? beltrano é que é bom! ciclano, ah, esse sim é um excelente aluno!...” aquelas que nunca haviam sido valorizadas por suas qualidades e por serem diferentes e especiais por isso. E lembrei-me do rosto de desprezo destas crianças que chegaram impacientes para ouvir aquela moça, a Escritora, falar e contar uma história fantástica sem ter muito "a ver" com a realidade deles, rosto de espanto, quando foram chamados para o palco para ajudar a contar a história, para serem únicos e especiais e aprenderem uns com os outros. Rosto de surpresa, quando descobriram que sim, era possível e fantástica a realidade de dar-se conta de suas qualidades. Rosto de alegria, o meu, de ver todos aqueles meninos e meninas batendo palmas e saindo de nossa experiência confiantes e sorrindo. Respirei fundo. Havia sim descoberto a não tão explícita moral história.               

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Eduque o seu filho para ele entender o que está lendo

Estamos na semana do livro infantil e como escritora e mãe, tenho quase que um dever moral de compartilhar com vocês uma das minhas inquietações. Sabemos que a leitura é muito importante para a criança. Fato. Mas compreender o que se está lendo é mais importante ainda. Por isso a leitura dirigida dos adultos para as crianças é importante, porque ajuda a criança a desenvolver seu senso crítico.

Uma criança que tem senso crítico apurado do que está lendo não será facilmente enganada, terá a sua própria interpretação do que está sendo exposto, lido e compreenderá o mundo e a si mesma de outra forma.

É claro que ler nos transporta para outros mundos, outras dimensões, nos faz vivenciar o que os personagens estão passando, mas sem interpretação, a leitura ficará sem sentido, pois um dos maiores benefícios de uma boa leitura é aprender, nos modificar como seres humanos, nos fazer pensar e repensar situações que vivenciamos no dia-a-dia mesmo que seja com metáforas e aí, teremos que ter uma interpretação ainda mais aguçada. A escolha da leitura também é importante, pois ajuda a criança a lapidar o seu gosto literário e a desvia de conteúdos vazios e impróprios para a sua fase de vida, cuja a interpretação será deturpada por falta de maturidade.

Uma criança com senso crítico e que aprende a interpretar o que está lendo e ouvindo não cairá fácil em armadilhas de falsas interpretações de mundo, ela saberá interpretar a sua realidade, ela não cairá em mentiras, em jogos verídicos para vivenciar a dor ( claro que estou falando do jogo baleia azul, não poderia deixar de comentar essa porcaria massiva criada por adultos sádicos a fim de manipular jovens e até mesmo adultos sem senso crítico), mas eu garanto, uma criança com a capacidade de pensar não será fácil de ser manipulada por ninguém e este é o melhor presente que você pode dar para o seu filho, fazê-lo interpretar o mundo de uma forma positiva, com bons livros como aliados, com bons filmes, com boas ações, com uma educação de qualidade que tenha o objetivo de ensinar a ser um indivíduo crítico e humano, antes de passar no vestibular, cujo foco é passageiro.

Eduque o seu filho para entender o que está lendo, faça o seu filho ter senso crítico, mesmo que ele se transforme na criança dos por quês, tenha paciência e explique, ajude o seu filho a entender o mundo e ele nunca cairá em armadilhas de manipulação.

Verônica Vincenza  

              

segunda-feira, 20 de março de 2017

Dia Internacional da Síndrome de Down


Hoje fui á sessão solene da Câmara dos deputados do DF pelo dia 21 de março, dia internacional da Síndrome de Down. A mesa foi composta por pessoas importantes que portam esta síndrome, mas não se deixaram limitar pela discriminação: havia uma escritora, um musicista, um assistente parlamentar, uma vendedora de jóias de uma loja muito famosa aqui do Brasil, uma jovem estudante que dançou lindamente para nós.

O hino foi tocado em flauta doce por um musicista, vi crianças dançando dança cigana, vi lindas modelos da Fashion Inclusive (agência de modelos) e minha querida amiga: Fabiana Gadelha,  falou sobre a adoção de crianças com Down, pois além de ter essa experiência, trabalha, desde muitos anos, para ajudar as famílias na que querem adotar. O livro que eu ajudei a filha biológica dela a escrever (Meus Irmãos Chegaram), deu voz a uma experiência da adoção que esta família teve com um lindo menino, que eu tenho o privilégio de acompanhar seu crescimento: Miguel.

O dia internacional da Síndrome de down serve para mostrar ás pessoas que a pessoa com Down é capaz de fazer muitas coisas e ter uma vida normal se viver em um meio sem preconceito, sem limitações principalmente dos pais. Se os pais tiverem a consciência disso e fizerem o papel de pais, que no meu entendimento é, serem facilitadores do desenvolvimento da criança, eles estarão criando adultos capazes e felizes. A sociedade, por sua vez também tem o seu papel de dizer não á discriminação.  Dia 21 é o dia internacional da Síndrome de Down: viver sem preconceito é ser feliz.














quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Dicas para férias divertidas com as crianças




 Estamos na época de férias e suas crianças estão tocando o terror em casa? Nada disso! Aqui vão dicas valiosas para férias divertidas e sem stress

- Prepare uma rotina que mescle brincadeiras, momentos de relax e tarefas obrigatórias como escovar os dentes, tomar banho, arrumar a cama, lavar a louça etc, tudo dependendo da idade de cada criança assim elas não vão esquecer suas responsabilidades.
OBS: Se ainda seus filhos não possuem atividades aí vai uma matéria da revista crescer: http://revistacrescer.globo.com/Criancas/Comportamento/noticia/2013/02/quando-seu-filho-vai-poder-ajudar-nas-tarefas-domesticas.html

- Aproveite o local que você mora e leve as crianças para fazer passeios diferentes como ir ao teatro, ao parque de diversões, a uma livraria, ao cinema, ao museu ou uma praia diferente.

- Faça brincadeiras ao ar livre em um parque ou no quintal de sua casa como soltar pipa, fazer um piquenique, pintar, fazer uma caça ao tesouro, tomar banho de mangueira ou guerra de bexiguinhas com os amigos.

O bom é sempre combinar na rotina atividades que você tenha que ficar de olho nas crianças com outras mais calmas, que você pode relaxar e ler aquele livro com um suquinho gelado.

- As atividades relaxantes podem ser divertidas como cineminha em casa, jogos de tabuleiro, quebra-cabeças, desenhos... Aqui em casa os meninos gostam de dominó, varetas e xadrez. E na sua?

- Muitas vezes deixar a criança brincar sozinha também é bom, visto que durante o ano, a rotina é desgastante e as crianças precisam de um tempo vago para criar, soltar a sua imaginação e desenvolver sua comunicação intrapessoal.

- Você pode também envolver as crianças nas atividades da casa como misturar os ingredientes para o bolo da tarde, fazer a salada do almoço, escolher o menu do dia, cortar as frutinhas da salada de frutas ou ir ao mercado e escolher algo bem gostoso para preparar em casa.

- As brincadeiras antigas também estão valendo! Conte para eles como era a sua infância e brinque de amarelinha, corda, bolas de gude, botão, pic esconde, cama de gato, vivo ou morto e tudo que suas lembranças mandarem

- Fazer um acampamento na sala também é bem divertido principalmente se tiver uma roda de histórias, onde cada um lê ou conta a sua história favorita e a brincadeiras de sobras com lanterna são ótimas para noite.

Lembre-se: aproveite as férias para se conectar com seus filhos, curtir a alegria da criançada, fazer atividades interativas que irão aproximar e fortificar as relações com eles e transformar as férias em momentos mágicos e inesquecíveis que eles se lembrarão a vida inteira.





Boas férias!


Verônica Vincenza.